A língua portuguesa é a quarta mais falada no mundo com aproximadamente 280 milhões de falantes, 3,7% da população mundial, a mais falada no hemisfério sul. É na diversidade da língua portuguesa que se constrói, a sua riqueza, por todos os que diariamente a usam. Sabia que “coroa”, expressão utilizada no Brasil tem o mesmo significado que “cota” em Portugal? Ambas as expressões são utilizadas com um carácter informal para caraterizar alguém mais velho, com sinais visíveis do envelhecimento, cabelo grisalho, rugas…
Não preciso de fazer um grande esforço de memória para recordar os tempos em que ia à discoteca com amigos, o mesmo é dizer à balada, pedíamos o carro aos nossos “cotas” e partilhávamos a pista de dança com alguns e algumas “coroas”, numa intergeracionalidade feliz.
Hoje, se sair para me divertir à noite, com 44 anos, serei olhado pelos jovens como um “cota”? E você, quando se olha ao espelho vê refletida uma “coroa”? Os velhos são sempre os outros… Onde será que já li e ouvi esta ideia?
Cara Mirian, aceita o desafio de lançar a moeda ao ar, “cota” ou “coroa”? Se não sair a “coroa”, faz mais um esforço e cria o “Manifesto das Cotas Poderosas”? Seremos bem-sucedidos? Conseguiremos melhores resultados em Portugal? Deixará de ser a única militante?
“A coroa poderosa não se preocupa com rugas, celulites, quilos a mais. Ela está se divertindo com tudo o que conquistou com a maturidade: liberdade, segurança, charme, sucesso, reconhecimento, respeito, independência e muito mais.”
Os homens e as mulheres envelhecem diferentemente. Uma nova geração de mulheres maduras começa a despontar, são as filhas do rock and roll e do feminismo que hoje têm 60,70, 80 anos. São mulheres independentes, ativas e exigentes que não se resignam aos estereótipos e preconceitos típicos de uma sociedade idadista, paternalista e sexista.
Com um upgrade do slogan – ‘Coroas & Cotas poderosas unidas jamais serão vencidas!’ – conquistaremos, pelo menos, uma secretária e uma tesoureira?
#RevolucaoDaBelaVelhice
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