Essa é a terrível conclusão a que chegam pesquisadores como Daniel Rubin, da Korn Ferry, quando voltam a atenção para as políticas empresariais relativas aos talentos seniores.
E isso acontece ao mesmo tempo em que as empresas precisam e querem se manter competitivas, firmando-se como marcas empregadoras. Ou seja, buscam soluções para atrair candidatos qualificados, reduzir a rotatividade, fortalecer a cultura interna e ter lucros.
Esse cenário parece meio contraditório, não?
É aí que o Employer Branding tem uma oportunidade de ouro para amplificar seu poder transformador. Não é preciso nem ir muito longe: ao construir uma proposta de valor ao empregado (EVP) inclusiva e segmentada para 50+, as empresas certamente transmitiriam segurança e reconhecimento. Programas claros de requalificação (upskilling e reskilling) podem, por exemplo, garantir que os sêniores se sintam atualizados e valorizados, reduzindo o medo da obsolescência.
Nos EUA, o programa Employer Pledge for Age-Friendly Workplaces da AARP demonstra como um EVP focado em flexibilidade e mentoria reverte tendências de desligamento. Empresas certificadas registraram até 30% de aumento na satisfação e 15% de redução nas intenções de turnover entre profissionais sêniores em apenas um ano.
No Brasil, a Natura deu um passo à frente, em 2022, ao transformar seus próprios colaboradores 50+ em embaixadores da marca. Realizando diversas ações conjuntas entre marketing e RH, a empresa aumentou em 25% as candidaturas dessa faixa etária e cortou 18% do turnover em 12 meses – prova de que histórias reais têm grande poder de atração e retenção. O pessoal do Employer Branding Brasil certamente tem outros cases desse tipo para falar.
Como outras empresas podem replicar esses resultados? Assim:
✅ Aplique pesquisas internas segmentadas por idade.
✅ Defina um EVP dedicado, construído junto a workshops com sêniores.
✅ Estruture um calendário de conteúdos — vídeos, depoimentos e eventos online.
✅ Monitore métricas (NPS Interno e turnover por faixa etária) e ajuste semestralmente.
Investir em Employer Branding inclusivo não é apenas uma boa prática de RH, é um passo estratégico que protege o capital intelectual, fortalece a cultura e garante performance sustentável. Se a sua empresa ainda não se voltou para profissionais seniores em sua marca empregadora, o momento de agir é agora.
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