Estivemos à conversa com Francisco Olavarría Ramos, que esteve recentemente em Portugal, no Seminário Internacional de Alzheimer e outras Demências (em Viseu) a apresentar a comunicação “Los medios podemos mejorar la visión del envejecimiento”.
Começamos hoje a publicar a entrevista que o Diretor de Conteúdos da revista digital QMAYOR, nos concedeu:
@ENVELHECER: Como surgiu a ideia de criar o projeto #MicroEdadismos?
FRANCISCO: Tudo, absolutamente tudo, surge de uma experiência vivida e, inclusivamente, de uma inquietude. Desde jovem fui vítima do idadismo, mas, à época, não conhecia essa discriminação.
Apenas há uns anos, me dei conta da crueldade que era para mim e para com todas as pessoas.
Quando era criança não gostava dos filmes da Disney e agora, por exemplo, não tenho filhos.
Estas peculiaridades e muitas outras, são julgadas de forma idadista.
O envelhecimento e a velhice são sempre analisados como uma derrota e algo vergonhoso.
Por outro lado, em Espanha são conhecidos os #MicroMachismos, mas não os pequenos idadismos que condicionam a nossa vida, em todos os planos (laboral, relacional, saúde…), e a todas as pessoas sem exceção.
Tinha que fazer algo para combater esta realidade. Assim nasceu o projeto. Espero ter contribuído de alguma maneira.
Agora dedico-me a alertar para as consequências e educar para a prevenção porque envelhecer é uma dádiva e não deve ser motivo de vergonha ou culpa.
@ENVELHECER: como pensa que evoluirá o projeto #Microedadismos?
FRANCISCO: Espero que se converta numa preocupação no seio da sociedade e que se alertem as consciências para os perigos, tal como o conseguimos fazer com outras fobias, no que concerne à população migrante, ao coletivo LGBTI ou às mulheres.
(…) CONTINUA…ESTEJA ATENTO!
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Francisco Olavarría Ramos
Licenciado em Marketing e Comunicação Social. Tem trabalho na área da Gerontología e é reconhecido como repreendedor da Silver Economy. Fundador do projeto Serpentina Sénior e Diretor de Conteúdos da revista digital QMAYOR. É autor do caderno pedagógico “Vamos Reformar o Microidadismo”.