São muitas cobranças sobre a capacidade da mulher em conciliar sua vida familiar e profissional!
Nos processos seletivos das empresas, são sempre as mulheres a serem questionadas sobre a criação dos filhos ou da possibilidade de engravidarem num futuro próximo. Isso é um absurdo! Além de ser uma situação extremamente constrangedora.
Será que as empresas quando contratam os Homens perguntam sobre seus filhos?
Quantos filhos tem? Quem cuida do filho quando adoece?
Ou esse tipo de questionamento só serve para as Mulheres?
O preconceito contra a mulher é muito grande em nosso país, ainda recebemos salários menores que os dos homens, mesmo quando desempenhamos funções semelhantes; o acesso ao mercado de trabalho é prejudicado pela falta de apoio e incentivo público e privado; e para as mulheres que são mães, a realidade é ainda mais difícil para seu pleno retorno à vida profissional.
E para complicar ainda mais esse cenário, somos nós quem arcamos com a dupla jornada de trabalho e afazeres domésticos.
Vejo muitas mulheres competentes, talentosas e inteligentes, que estão fora do mercado de trabalho, simplesmente porque as oportunidades não surgem ou porque com filhos pequenos e sem uma rede de apoio eficiente, não conseguem retornar ao trabalho.
Sem contar o preconceito contra a idade da Mulher!
Esse tema “Etarismo” merece uma análise mais profunda para um próximo artigo.
A desigualdade de gênero no mercado de trabalho está diretamente ligada a pouca representatividade na Política Brasileira.
Mesmo sendo a maioria do eleitorado brasileiro (53%) conforme dados do TSE (Tribunal Superior Eleitor), a participação da mulher na vida pública e política do país é mínima, e isso reflete diretamente na ausência de políticas públicas para combater a desigualdade, a violência, o preconceito e a falta de empregos formais para as mulheres.
É verdade que mesmo com a obrigatoriedade de cotas femininas no sistema eleitoral, a participação da mulher na política brasileira ainda é muita tímida, para se ter uma ideia, na Câmara dos Deputados somente 15% são mulheres; nas Eleições de 2018 apenas 1 mulher foi eleita Governadora ( Rio Grande do Norte) e em 2020 apenas 1 mulher foi eleita Prefeita de uma Capital (Palmas/TO).
Precisamos incentivar a participação e representatividade feminina na política.
Precisamos falar de politica com as Mulheres cada vez mais cedo.
Precisamos conscientizar nossas meninas sobre a sua importância no contexto político do nosso país.
Precisamos conquistar nosso lugar de voz na sociedade.
O caminho para revertermos essa dura realidade, passa certamente, por uma maior participação da mulher na política brasileira, para que assim, possam ser implementadas políticas públicas eficazes, garantindo o acesso ao mercado de trabalho e combatendo a desigualdade sofrida pelas mulheres em sua vida profissional.
É fundamental o apoio dos entes públicos e privados para que a Mulher brasileira possa exercer com liberdade e dignidade sua profissão.
Em um ano de Eleições tão importantes para o nosso país, é chegada a hora de exigir que nossas vozes sejam ouvidas, que nossas pautas e reivindicações sejam respeitadas e atendidas.
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