O auditório da Fundação Inatel acolheu, na semana passada, a 3.ª edição do “Estamos Juntos – Capacitação”, uma iniciativa que contou com a participação de cerca de 150 pessoas do Porto e de municípios vizinhos. Sob o tema “Portugal: País para Todas as Idades?”, a sessão, integrada no plano de ação “Porto Cidade Amiga das Pessoas Idosas” (2023-2025), promovido pelo Município, evidenciou o crescente compromisso da região com as políticas públicas de envelhecimento ativo e combate à discriminação etária.
A abertura da sessão contou com a presença do vereador da Coesão Social, que sublinhou a importância de colocar o combate ao idadismo no centro das políticas públicas.
“É fundamental reconhecer que o envelhecimento não é um problema, mas sim uma fase natural da vida que deve ser vivida com dignidade, respeito e participação. O combate ao idadismo é um passo essencial para construirmos uma cidade verdadeiramente inclusiva, onde todas as gerações têm lugar, voz e valor. Através do projeto ‘Estamos Juntos’, o Porto reafirma o seu compromisso com a promoção de uma comunidade solidária, informada e intergeracional”, disse Fernando Paulo.
A dinamizar a formação esteve José Carreira, especialista em envelhecimento e demência, presidente da Associação Stop Idadismo e das Obras Sociais de Viseu, contando com a moderação de António Fonseca, coordenador científico do Plano de Ação.
Refletir sobre os estereótipos e preconceitos
Ao longo da manhã, os participantes foram convidados a refletir sobre os estereótipos e preconceitos associados à idade, num momento de capacitação técnica e cívica, direcionado a agentes de intervenção social, profissionais da saúde e comunidade em geral. A sessão incluiu duas grandes temáticas: “Portugal: País para Todas as Idades?” e “Boas Práticas na Construção de um País para Todas as Idades”.
O projeto municipal “Estamos Juntos – Capacitação”, promovido pela Divisão Municipal de Desenvolvimento e Inovação Social, tem como objetivo principal aumentar o conhecimento sobre os fenómenos associados ao envelhecimento e dotar os técnicos e a comunidade de ferramentas eficazes para uma intervenção social qualificada e humanizada. Nas duas edições anteriores, abordaram-se as questões da “Longevidade e Direitos da Pessoa Idosa” e do “Envelhecimento com Equilíbrio”.
De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o idadismo é uma das formas mais prevalentes de discriminação no mundo, afetando uma em cada duas pessoas. Esta discriminação manifesta-se tanto de forma explícita como subtil e compromete a inclusão, a autonomia e a participação das pessoas mais velhas na sociedade.
No Porto, 26% da população residente tem mais de 65 anos e o índice de envelhecimento atinge os 220,4, o que torna urgente, para o Município, desconstruir estigmas, investir em formação especializada e adaptar os ambientes urbanos para garantir uma vida ativa e significativa às pessoas mais velhas.
FONTE: MUNICÍPIO DO PORTO
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