Somos um país cada vez mais envelhecido. Daqui a três décadas, quase metade dos portugueses terão mais de 60 anos. Daí a urgência destas perguntas: Como vivem os nossos idosos? Porque estão tão sozinhos? A cidade é-lhes hostil? E o mundo rural? A família, os lares e os centros de dia tratam bem quem ficou dependente dos cuidados dos outros? Alice alimenta pombos dentro de casa para estar entretida. Fernanda aceitou ir para um lar para não dar trabalho aos filhos. José voltou à aldeia onde nasceu, mas a distância do hospital fê-lo perder a fala na sequência de um AVC. Maria de Lurdes domina as redes sociais e é grande adepta dos programas culturais do centro de dia que frequenta. Neste livro relatam-se histórias de quem, ainda autónomo, é vítima da pressão imobiliária, da falta de afecto e da pobreza, ou de quem, por doença, vive num lar ou já não sai de casa. Retratam-se casos de solidão e discriminação, dificuldades e carências dos idosos em Portugal. Mas também se contam finais felizes, porque a esperança é a última a morrer.
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