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UNECE Ministerial Conference on Ageing

A capital italiana foi a cidade anfitriã da V Conferência Ministerial da UNECE, que decorreu entre os dias 15 e 17 de junho.

Os Estados-membros da Comissão Económica da Região Europa das Nações Unidas (UNECE, na sigla inglesa) aprovaram a Declaração Ministerial de Roma, onde consta a estratégia de promoção do envelhecimento ativo adotada pelos países membros da UNECE para os próximos cinco anos (2022–2027).

O encontro, que teve como tema “Uma sociedade sustentável para todas as idades: unir esforços para a solidariedade e igualdade de oportunidades ao longo da vida”, contou com a participação do provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho, na qualidade de presidente do Grupo de Trabalho sobre Envelhecimento da UNECE , e com a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho.

A Declaração Ministerial agora aprovada destaca a determinação dos países membros em alcançar três prioridades até 2027: promover o envelhecimento ativo e saudável ao longo da vida, garantir o acesso a cuidados de longa duração e apoio aos cuidadores e famílias e desenvolver estratégias sobre o envelhecimento para promover uma sociedade para todas as idades.

O compromisso aprovado a 17 de junho, em Roma, sublinha ainda o impacto que a crise pandémica teve nas pessoas mais velhas, destacando ainda a ligação entre a saúde, os sistemas sociais, a sociedade civil, a família e a cooperação multissetorial durante a pandemia de Covid-19.

Na sua intervenção, Ana Mendes Godinho sublinhou a importância da cooperação entre os vários setores da sociedade no apoio a quem mais necessitou, durante a pandemia de Sars-Cov2. “A pandemia colocou em perspetiva a necessidade que os governos tiveram de encontrar novas soluções para responder a problemas criados pela situação pandémica, de maneira a garantir o bem-estar da população, em especial dos mais velhos. Só foi possível fazer face a este problema com uma rede bem estruturada de apoio entre os vários setores da sociedade”.

“O mundo demonstrou uma solidariedade para com o outro, nunca vista” e afigura-se necessário o contributo dos cidadãos menos jovens, acrescentou a ministra da tutela, realçando ainda que “este reconhecimento tem de vir dos governos e da sociedade”, relembrando que em 2030 haverá mais pessoas com 50 anos, do que com 15 anos. “É crítico e agora é o momento de os governos conceberem políticas estruturadas que vão ao encontro das necessidades das pessoas mais velhas e que contribuem para um envelhecimento saudável e participativo”, finalizou.

Já no início da conferência, Edmundo Martinho fez questão de salientar que “é necessário mais progressos nas políticas que abrangem as pessoas mais velhas, para poderem viver mais e melhor, numa sociedade justa e preocupada com as suas necessidades e anseios”.

Para o presidente do Grupo de Trabalho sobre Envelhecimento da UNECE, a aprovação da Declaração de Roma é um reconhecimento de que o trabalho desenvolvido na área do envelhecimento saudável “tem sido positivo”, salvaguardando que “ainda existe muito caminho a ser feito, nas políticas de apoio às pessoas mais velhas”.

“Embora exista ainda um longo caminho a percorrer na melhoria dos serviços de segurança social, de cuidados continuados e de políticas de promoção de envelhecimento participativo e saudável, com a aprovação desta declaração por parte dos ministros dos Estados-membros da UNECE existe um compromisso e uma aspiração de concretizar um mundo mais sustentável para todas as pessoas e de todas as idades, até 2027”, concluiu Edmundo Martinho.

A Conferência Internacional das Nações Unidas juntou mais de 365 participantes, incluindo 30 ministros, secretários de Estado e representantes oficiais dos Estados-membros da UNECE, numa organização conjunta entre a UNECE, o Grupo de Trabalho sobre Envelhecimento da UNECE e o Governo italiano.

Assista ao vídeo da conferência:

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